Os media tradicionais têm em cada um dos seus leitores um potencial repórter. Vendem apenas conteúdos quando a cidadania digital se exerce cada vez mais agindo sobre a informação, produzindo-a e gerando conteúdos que circulam nos telemóveis, pen drives, laptops, comunidades e fóruns. O conceito centralizado de media acabou. Resta tomar consciência disso mesmo.
Os media tradicionais têm sofrido o brutal impacto da Internet e de pequenas revoluções tecnológicas possibilitadas pelo crescente número de aplicações on-line e grátis, que permitem e fomentam o associativismo, a facilidade de produção e publicação da informação. Os jornais – ou a grande maioria dos lusos órgãos -, ainda presos ao tradicional modelo de produção, edição e publicação de informação impressa, perdem progressivamente audiência e consequente ocupação do espaço publicitário, um dos factores fundamentais de subsistência de um modelo de negócio que necessita de uma urgente actualização estratégica, tecnológica e ideológica.